Há organizações que buscam humanizar a vida das pessoas. Há desde as forças de paz, que atuam para amenizar as diversas opressões que sofrem vários grupos sociais, até aqueles cuja função é humanizar na origem o desenvolvimento do ser humano que, para a SOS – Casas de Acolhida, é o caso da família.
Os traumas decorrentes de tragédias, crimes e violências são minimizados se a família desempenhar o seu papel protetivo, de resguardo. Mas e se o lar que devia proteger se torna a própria experiência de violência? E se aquele em quem a criança confia é quem lhe abusa? Essas são as crianças que acolhemos. São essas crianças, inclusive, que serão os adultos de um futuro próximo em nossa sociedade.
Somos uma organização não governamental que, há 23 anos, objetiva e pretende, de fato, participar do esforço coletivo para interromper o ciclo vicioso da violência doméstica. Essa é a realidade com que trabalhamos a cada dia, para que essas crianças possam superar seus traumas e ter uma vida mais digna e de paz.
O trabalho desenvolvido pela instituição é essencial para a inclusão social das crianças. A equipe de funcionários das unidades e os voluntários são exemplos que muitas das crianças nunca tiveram, portanto, são eles que contribuem para a sua formação social e emocional.
Durante o período em que as crianças estão acolhidas (sejam dias, meses ou até mesmo anos) é feito um trabalho contínuo de estimulação, bem como orientações e cuidados médicos (muitos desses médicos são voluntários, inclusive) e um acompanhamento às famílias para viabilizar o retorno, nos casos em que isso é possível, ou na preparação para a adoção.
Nossa função é, portanto, preparar as crianças para um recomeço, para sua nova vida, vida essa que elas tanto sonham e que a SOS – Casas de Acolhida procura tornar realidade.